TRANSPETRO DEMITE ANA PAULA
A Transpetro S.A, do sistema Petrobrás, acaba de demitir a funcionária do Terminal de Cabiúnas, Ana Paula Arumani, ex-vice-presidente da CIPA e conhecida ativista do movimento sindical no Norte Fluminense, onde vem, no último período, apresentando uma série de denúncias em relação a problemas de saúde e segurança no trabalho.
O fato mais relevante – e inadmissível! – consiste em que Ana Paula foi demitida, sumariamente, imediatamente após protocolar sua inscrição para concorrer à eleição ao conselho da empresa, enquanto representante dos trabalhadores, bem como esta demissão ocorre em meio à realização de inquérito civil público no MPT de Macaé, no qual consta como principal denunciante e depoente, com vistoria na empresa designada para a próxima semana.
Acrescenta-se a isto as circunstâncias de que Ana Paula sofre ameaça de morte, cujo crime (de ameaça) está sendo apurado na Delegacia Policial do município, bem como é objeto de denúncia que tramita na comissão de direitos humanos da ALERJ, tendo sido apresentado relato sobre o caso em audiência pública desta comissão, sobre casos de violência na Região dos Lagos, realizada no último mês de março, em Cabo Frio.
Todos estes fatos demonstram, sem dúvidas, que seu afastamento da empresa se trata de típico e odioso ato antissindical, como antissindical vem sendo o comportamento da empresa, de longa data, em relação à Ana Paula, sendo que, no último dia 05 de abril, o caso foi encaminhado diretamente à OIT, através de denúncia entregue por advogado do Sindipetro-RJ, que esteve em visita àquele organismo internacional, tendo se reunido com a Diretora-Adjunta do Departamento de Normas Internacionais, Dra. Karen Curtis, a quem foi relatado o caso de perseguição sofrido por Ana Paula.
Urge que esta dispensa seja imediatamente revertida, revogada, a fim de preservar não somente o emprego de Ana Paula, como também sua candidatura ao conselho da empresa, cuja inscrição apresentou, sendo injustificável que sejam perpetrados tais atos de perseguição na Transpetro, como em todo o Sistema Petrobrás, os quais contrariam os mais elementares preceitos legais e constitucionais, em afronta ao direito democrático de atuação sindical na empresa.
As denúncias feitas por Ana Paula devem ser apuradas e seu retorno ao trabalho assegurado imediatamente, sendo que o Sindipetro-RJ estará encaminhando as medidas que estiverem ao seu alcance, no sentido de garantir o seu retorno ao trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário