terça-feira, 3 de abril de 2012

A Importância da Visita Técnica da CNPBz à RLAM.



 
A Importância da Visita Técnica da CNPBz à RLAM.

Antes mesmo de 28\09\1995, data em que foi assinado o acordo nacional do Benzeno com a Petrobrás como signatária e criada a CNPBz, já denunciávamos os problemas decorrentes da exposição ao benzeno (vazamentos, adoecimentos ocupacionais, incapacidades, leucemia etc) e por décadas foi debatido nas CIPAS, GTB, CEBz Sindicato e demais fóruns da área de saúde ocupacional, da necessidade de uma intervenção mais enérgica e contundente na RLAM, segunda maior refinaria do Brasil e onde infelizmente temos graves registros de colegas que foram vítimas de câncer, e vieram a falecer como o nosso saudoso Waldemir da U-30, outros que morreram logo que se aposentaram e sem uma investigação mais apurada das doenças com a exposição ao BENZENO.

NÃO EXISTE LIMITE DE TOLERANCIA OU NÍVEL DE AÇÃO AO BENZENO!
O fato de estarmos dentro de uma refinaria, em área classificada pelo PPEOB ou não classificada, já nos expõe ao agente benzeno, que se encontra no ar que respiramos e emana dos pontos de vazamentos e emissões fugitivas, além de estar presente nas amostras de derivados de petróleo e impregnado nos instrumentos e equipamentos industriais que recebem manutenção tanto no dia a dia como em paradas para manutenção.

INVESTIDA DA PETROBRÁS CONTRA A SAÚDE DOS TRABALHADORES.
Na reunião da CNPBz realizada em Porto Alegre nos dias 07/08/09 de dezembro, onde fomos denunciar o grave e recorrente problema de exposição e adoecimento que já vitimaram dentre outros, os colegas da U-30, Waldemir (óbito), Paulo Santiago (câncer e aposentadoria por invalidez) e por último o colega Enivaldo (Leucemia) e também exigir da CNPBZ que visite e vistorie a RLAM, Fomos surpreendidos com a iniciativa da Petrobrás através do GAPRE de “abrandar a exposição ao benzeno” através da introdução de um “LIMITE DE TOLERÂNCIA” algo inaceitável e que nos recusamos a discutir tal absurdo.  
DENÚNCIA DO SINDIPETRO-BAHIA NA CNPBz 09/12 em Porto Alegre.
FAVOR LER DOCUMENTO DA PETROBRÁS ANEXADO A ESTA MENSAGEM.

AÇÃO ORQUESTRADA CONTRA A NOSSA SAÚDE E A APOSENTADORIA ESPECIAL
Claro está, que esse conjunto de ações da empresa: Não registrar no ASO a exposição ao benzeno, não classificar no PPEOB as áreas onde existe o benzeno, enfraquecer asCIPAS\GTB, Tentativa via GAPRE de alterar a legislação e acordo do benzeno, não constar no PPP e PPRALTCAT a exposição a benzeno e demais agentes agressivos aos quais estamos continuamente expostos e que são contaminantes presentes desde a matéria prima que é o Petróleo, passando por todos os demais processos do refino, tratamento etc. Na verdade visam descaracterizar a exposição que dê o benefício de preservar a saúde dos trabalhadores, antecipando a nossa saída do ambiente agressivo via aposentadoria especial, onde as empresas fazem todo tipo de armação para NÃO PAGAREM A GFIP, onde as empresas deveriam desde 1998 estarem depositando 6% (seis) a mais no nosso INSS para custear a nossa aposentadoria especial. 
PONTOS CRÍTICOS A SEREM VISTOS NA VISITA DA CNPBZ À RLAM.
 1-Existe algum programa, procedimentos e tratamento específico para vazamento em circuitos cujas correntes liquidas contenham benzeno? Desde quando?


2-Qual o plano de selagem para bombas que transferem correntes líquidas que contenham benzeno? Desde quando?
3- As unidades classificadas no PPEOB estão devidamente sinalizadas?  Desde quando?
4- Os mapas de risco contemplam a exposição ao benzeno e os riscos dos mesmos à saúde e a vida dos trabalhadores diretos e terceirizados? Desde quando?
5-As unidades de processo onde circulam correntes líquidas que contém benzeno têm amostradores hermeticamente fechados e com sistema de eliminação de vapores a vácuo? Desde quando?
6- Os trabalhadores terceirizados da RLAM integram o GTB da RLAM? Desde quando? Existe alguma orientação para as empresas contratadas?
7- O SINDICATO já teve alguma atuação no levantamento e monitoramento dos agentes agressivos? Desde quando?
8 – A CIPA já teve acesso ao conteúdo na íntegra do PPRA da RLAM?
9- Os casos de benzenismo que ocorreram na RLAM foram emitidas as CAT´S mesmo na suspeita de contaminação ao benzeno? Conforme indica o acordo nacional que a Petrobrás assinou!
10- As permissões para trabalho em áreas classificadas ou outras onde temos correntes líquidas que contém benzeno (QAV-1, Gasolina, Naftas, Querosene, Hexano etc.) tem observações de SMS específicas sobre o agente benzeno?
11- Nas paradas de manutenção em áreas classificadas no PPEOB ou não, existe acompanhamento da higiene ocupacional? O resultado negativo da explosividade em vasos, torres, equipamentos e em espaço confinado, é suficiente para garantir que os trabalhadores não se exponham ao benzeno?
12- A Purga com vapor ou lavagem com água dos equipamentos cujas correntes líquidas contenham benzeno, são suficientes para garantia da não exposição ao benzeno dos trabalhadores diretos e terceirizados?

Assinam este boletim:
 Allan Almeida, Alberto, Clodoaldo, Duarte, Edson Almeida, Eládio, Eliezer, José Raimundo , Marimilton, Pimenta, Guimarães, Veridiano, Laudemilson, Souza Júnior.


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NCP - Núcleo da Cidadania Petroleira.

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